É madrugada...
O relógio do blog não está certo. Não faz mal, porque ainda que não fosse madrugada é assim que a sinto. Estendo-me nos lençóis e a luz do portátil recorta sombras largas na penumbra do meu quarto. Estou cansada. Poderia, em vão, tentar descrever a estranha sensação que é estar no limiar entre o sono e a vigília, no limbo entre a realidade e o sonho, mas não vou fazê-lo sob pena de falhar tremendamente.
Releio estas últimas palavras, demoradamente, sem pudor de adiar mais um pouco o sono premente que me assola.
Basicamente é madrugada e escrevo sobre nada.
Mas que importa? As palavras são livres e eu também...
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4 comentários:
O "nada", às vezes, sabe tão, mas tão bem!
Concordo plenamente :)
Acho que grande parte da nossa evolução pessoal se baseia em aprender a dar valor às pequeninas coisas do quotidiano e também em aproveitar os momentos de "absoluto nada".
Se enchermos a cabeça de coisas sem interesse, preocupamo-nos demasiado e deixamos de assimilar estes pormenores deliciosos.
"Basicamente é madrugada e escrevo sobre nada.
Mas que importa? As palavras são livres e eu também..."
Até diria que somos livres ao relacionarmo-nos(escrever, pensar) com o nada...
"Do nada, nada vem... E ao nada, nada pode reverter"
Por vezes temos que nos libertar das preocupações da vida e aproveitar os nossos momentos do abslutamente nada...
"...And then I remember to relax, and stop trying to hold on to it, and then it flows through me like rain and I can't feel anything but gratitude for every single moment of my stupid little life... You have no idea what I'm talking about, I'm sure. But don't worry... you will someday."
Pensar sobre o "nada" combina com a madrugada.
Às vezes são seis horas da tarde e há tanto nada na gente que é como estar em cima daquela linha tênue que separa o real do imaginário.
Belíssimos poemas.
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