segunda-feira, 28 de julho de 2008

Hoje... quem sou?

Agora é o momento!
Por dentro choro,
Sofro,
Reconstruo-me.
Estilhaços de mim
Debatem-se
Por um reencontro
Que nunca chegará.
Por fora
Sou só este sorriso parvo,
Esta conjunção
De máscaras fúteis,
A que me agarro agora
Para que ninguém saiba
Que sofro.
Resta-me pedir
Ao meu coração
Que sangre em silêncio,
Que adormeça
Nesta tarde quente
Sem um suspiro
Ou uma lágrima.
Que esqueça as horas,
O passado
E as memórias.
Que se esconda da luz do dia
Durante semanas, meses
Ou a vida inteira.
Sim, sou a lua branca...
Encoberta de sombras,
Misteriosa,
Triste.
Talvez amanhã alguém
Me arranque
Deste tédio emocional
Deste eclipse
De tudo o que um dia fui.
Hoje sou pó de estrelas,
Memórias de luar...
Sou nada!

2 comentários:

Anónimo disse...

às vezes temos as máscaras há tempo demais, que se colam à cara..e ficamos máscara...as lágrimas que correm ja nao sao nossas. os risos que damos sao falsos...só o olhar é que permanece o mesmo...tenhamos quantas máscaras quisermos...

beijinho*

clepsidra disse...

Aqui nunca tenho máscara.