quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Metamorfose

Eu era a lagarta frágil e tímida que se demorava nos veios frescos da folha.
Roliça e redundante no universo verde daquela floresta.
Guiada pelo instinto seguia o percurso cintilante das gotas de orvalho até ao inevitável abismo do vértice vegetal.
No fim do caminho a gigantesca disputa, os meus pequenos olhos esbugalhados perante a atmosfera infinita.
Iniciei o árduo trabalho de me enrolar em seda. Rodopiei até à exaustão numa dança fervorosa e geneticamente determinada.
No fim eu era apenas um corpo amorfo e imóvel à espera que os dias passassem. Nem morta, nem viva, no limbo da existência, esqueci quem era e transformei-me em algo diferente.

Borboleta!

5 comentários:

Anónimo disse...

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Anónimo disse...

Gostei.

Continue :)

Mariana Zambon Braga disse...

adorei os seus textos!! voe!!

Styles for aa Girl ' disse...

Adorei!!!!!!!!!(me segue e ajuda a divulgar esse blog pf!)

Vasco Ribeiro disse...

Muito giro. Alguma razão especial para existirem algumas palavras a bold? :P