Eu era a lagarta frágil e tímida que se demorava nos veios frescos da folha.
Roliça e redundante no universo verde daquela floresta.
Guiada pelo instinto seguia o percurso cintilante das gotas de orvalho até ao inevitável abismo do vértice vegetal.
No fim do caminho a gigantesca disputa, os meus pequenos olhos esbugalhados perante a atmosfera infinita.
Iniciei o árduo trabalho de me enrolar em seda. Rodopiei até à exaustão numa dança fervorosa e geneticamente determinada.
No fim eu era apenas um corpo amorfo e imóvel à espera que os dias passassem. Nem morta, nem viva, no limbo da existência, esqueci quem era e transformei-me em algo diferente.
Borboleta!
Borboleta!
5 comentários:
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Gostei.
Continue :)
adorei os seus textos!! voe!!
Adorei!!!!!!!!!(me segue e ajuda a divulgar esse blog pf!)
Muito giro. Alguma razão especial para existirem algumas palavras a bold? :P
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