Fraco, ofegante,
Escorres tu e a memória.
E eu escuto, penosa
A tua triste história.
Nas minhas costas nuas
A tua faca, cravada.
No eco negro das ruas
Não me resta nada.
És o muro baixo e áspero
Do estacionamento
Onde não houve conforto
Para o meu lamento.
Dos gritos ainda presos
No cruel e vil betão
Relembro cada sílaba,
olhos vazios, a cor do chão.
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3 comentários:
Parabéns pelo blog.
Keep Writting...
Sucesso
http://o-conselheiro-do-amor.blogspot.com
Isso me lembra uma musica... Lie to me - 12 Stones
Às vezes fica mesmo um vazio grande, até que a dor se instale e depois é preciso manter essa dor um pouco mais, para que o esquecimento seja feito gradualmente... Está lindíssimo o poema.
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