Lavam-me, as gotas mudas desses finais de dia.
Completa-me, a pressão fresca que jorra do céu.
Enquadra-me, a cortina transparente ondulante.
Renasço e recomeço, despida de tudo.
terça-feira, 21 de agosto de 2012
Duche
Quero escrever sobre o banho de palavras absurdas, gorgolejantes e extasiadas que me ocorrem quando a água tépida me define os contornos, nos olhos fechados das quatro paredes de azulejos.
Lavam-me, as gotas mudas desses finais de dia.
Completa-me, a pressão fresca que jorra do céu.
Enquadra-me, a cortina transparente ondulante.
Renasço e recomeço, despida de tudo.
Lavam-me, as gotas mudas desses finais de dia.
Completa-me, a pressão fresca que jorra do céu.
Enquadra-me, a cortina transparente ondulante.
Renasço e recomeço, despida de tudo.
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3 comentários:
despida de contornos, contornada por palavras.
[há que se escrever em asas, a partir daí!]
O ato de banhar-se é um momento íntimo e inspirador
E assim me vejo, ante sua imensidão descortinada por algumas gotas.
...
Está de parabéns pela capacidade de se fazer entender!!
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